PA5. Turismo Natureza/ Naturminho II

Identificação do projeto

Aviso: AVISO N.º NORTE-28-2018-04 (Estratégias de Eficiência Coletiva Provere – Projetos Âncora)
Projeto nº: OP NORTE-06-3928-FEDER-000025
Programa Operacional: NORTE 2020
Fundo: FEDER
Designação do Projeto: PA5. Turismo Natureza/ Naturminho II.
Custo Total Elegível: 588.190,92 €
Comparticipação FEDER: 499.962,28 €

Objetivos

  • Qualificar, promover e posicionar o Minho no contexto do Turismo de Natureza, em especial no segmento “cycling & walking”;
  • Capacitar a oferta turística instalada e as infraestruturas para o produto “cycling & walking”;
  • Promover a conectividade dos recursos e ativos diferenciadores da oferta turismo de natureza/ cycling & walking, bem como reforçar a articulação da rede de agentes económicos do setor, no sentido da estruturação do produto turístico;
  • Diversificar as experiências associadas ao turismo de natureza (rotas, multi-atividades, programas, eventos);
  • Gerar uma contínua articulação entre os vários agentes económicos do setor do turismo de natureza;
  • Adaptar a estratégia de qualificação e promoção do turismo de natureza às tendências da procura e ao perfil do turista, tendo presente os diferentes mercados prioritários;
  • Reduzir a sazonalidade e aumentar a retenção do turista, diversificando a oferta de experiências turísticas nas épocas primavera e outono;
  • Promover a mobilidade sustentável dentro do território;
  • Estimular o empreendedorismo e a criatividade/inovação nas ofertas existentes e nos novos negócios;
  • Promover o emprego, a qualificação e valorização das pessoas e o aumento dos rendimentos dos profissionais do turismo;
  • Valorizar e promover os valores de excelência do património natural e cultural, sensibilizando para a sua conservação;
  • Contribuir para a valorização económica sustentável do património cultural e natural;
  • Contribuir para o cross-selling regional;
  • Agir com sentido estratégico no presente e no curto/médio/ longo prazo e assegurar a estabilidade e a assunção de compromissos quanto às opções estratégicas para o turismo nacional, na medida em que a definição das rotas-âncora fundeia um compromisso de investimento e atenção continuada por parte das entidades e dos agentes turísticos do território;
  • Potenciar o turismo de natureza enquanto contributo para a sustentabilidade e dinamização dos territórios de baixa densidade.

Descrição

A operação NaturMinho, que teve início no anterior quadro de programação com a EEC PROVERE MinhoIN, revelou-se um sucesso em termos dos resultados atingidos, sendo hoje um projeto/ estratégia de desenvolvimento sobejamente conhecido e reconhecido como boa prática pelos seus intervenientes e destinatários (entidades, empresas e agentes do turismo de natureza, etc.).
Permitiu envolver um número considerável de agentes económicos e de entidades ligadas ao setor do turismo e ao território Minho no desenvolvimento de um Dossier de análise e de atuação estratégica para o Turismo de Natureza no Minho, que identifica vários constrangimentos para a estruturação deste produto turístico e aponta um conjunto de ações imateriais tendentes à resolução de problemas identificados, nomeadamente em questões como a mobilidade/acessibilidade turística, estruturação e comercialização de produtos, sazonalidade, incremento do trabalho em rede, capacitação de técnicos e algumas intervenções ao nível dos equipamentos de excelência ambiental para consolidar e gerar inovação na atual oferta.
Na região do Minho surgem mais de uma centena de empresas registadas no RNAAT e, neste âmbito, o melhor indicador do sucesso do projeto Naturminho foi a constatação de que existe a expetativa, por parte do seu público-alvo, de que este projeto possa ser continuado e, assim seja possível, prosseguir uma estratégia de desenvolvimento, consolidação e promoção do Turismo de Natureza.
Atendendo ao trabalho iniciado e às expetativas criadas nas entidades e empresas que acompanharam ativamente a primeira edição do projeto, é de considerar o elevado interesse no desenvolvimento de um NaturMinho II, para dar sequência ao trabalho e facilitar a operacionalização de um conjunto de projetos e ações previstas no Plano de Ação do Dossier para o Turismo de Natureza no Minho, que foi elaborado no primeiro projeto.
O Naturminho II será um projeto muito focado no desenvolvimento de ações imateriais tendentes à resolução de problemas identificados no âmbito da primeira iniciativa, muito assente na lógica da estruturação do produto/ subprodutos e na qualificação e promoção de equipamentos de excelência ambiental para consolidar e gerar inovação na atual oferta de Turismo de Natureza e, assim, conseguir posicionar o Minho no contexto do turismo de natureza.
Face ao exposto e tendo presente os grandes objetivos e os “desafios a 10 anos” que nos apresenta a Estratégia Turismo 2027, considera-se prioritário e estratégico para o turismo de natureza no Minho, focar a atenção na valorização, estruturação e promoção de produtos turísticos ajustados às caraterísticas e atributos diferenciadores do território, numa abordagem que promova a identidade turística do Minho (no contexto do turismo de natureza).
Visando ainda o alinhamento do Naturminho II com a estratégia nacional de estruturação e de promoção do turismo de natureza em Portugal, sob orientação da tutela, o Turismo de Portugal, na visão que definiu através do projeto estruturante “Portuguese Trails”, a presente operação consagra como objetivo operacional a implementação e valorização de um conjunto de grandes rotas, que serão intervencionadas como “rotas-âncora” para a organizar e conectar as ofertas existentes, projetando-as para serem os itinerários/rotas de excelência para visitar, descobrir e experienciar o Minho, na medida em que proporcionarão o contacto com os principais recursos e atrações do território e a sua ligação com os serviços e atividades de apoio.
Recordamos que o Minho tem a seu favor a grande diversidade de recursos (ativos diferenciadores e qualificadores), de ofertas e, portanto, de possibilidades de experiências turísticas. No entanto, existem alguns fatores críticos que fragilizam essa grande força do território - sobretudo os aspetos relacionados com o planeamento do turismo a nível supramunicipal/ regional, a médio e longo prazo; a conectividade dos recursos/ ativos do território e a sua interligação com os serviços/atividades turísticas; a mobilidade no território, agravada pela relativa dispersão dos pontos de atração, sobretudo para quem visita sem carro; a disponibilização de informação integrada e que, de forma prática, facilite a exploração e o conhecimento do território - , aspetos que têm dificultando e onerando o esforço de estruturação de produtos.
Assim, procurar-se-á através das rotas-âncora para as atividades “cycling & walking” materializar uma solução integradora da oferta de turismo de natureza do Minho, capaz de proporcionar a divulgação, o conhecimento e o contacto com os principais pontos de atração da região (Natureza e Biodiversidade, História e Cultura, Rio, Albufeiras e Mar, Gastronomia e Vinhos, Eventos, Vilas e Aldeias), facilitadora da mobilidade sustentável no território e que seja potenciadora de iniciativas públicas e privadas empreendedoras, numa lógica de programação a médio e longo prazo, que favoreçam a continua qualificação e posicionamento do destino e dos produtos. As rotas serão capazes de absorver as “fragilidades” do território e, acima de tudo, serão o “caminho” para conseguir estruturar o produto Turismo de Natureza na região, com foco no cycling & walking, mas aberto a outras alternativas de mobilidade e de descoberta, nomeadamente pela integração de troços realizados a cavalo, charret, veículos de transporte de turistas, ou até mesmo incluindo o barco, ou mesmo o transporte público (comboio, autocarro, táxis locais), no sentido de maximizar a conectividade entre as diferentes rotas e entre os “polos” de maior interesse para o turismo de natureza.
O cycling & walking é, por outro lado, um produto claramente orientado para as épocas de menor procura turística nesta região - primavera e outono – sendo por isso estratégico para contrariar a sazonalidade, um problema a que muitas micro e pequenas empresas não têm resistido.
Outro objetivo claro das rotas-âncora será o de consolidar a rede de serviços e de atividades turísticas, ou seja os agentes turísticos, que serão envolvidos e “chamados” a formar produto. O fim último e o sucesso do Naturminho II será o da estruturação de produto, a avaliar pelo número de agentes económicos e recursos conectados pelas rotas, pelo número de programas turísticos comercializáveis que conseguirmos, depois, constituir. O impacto do Naturminho II deverá ser monitorizado pelo respetivo grau de adesão dos públicos-alvo (turistas nacionais e internacionais que consomem os pacotes turísticos), pelo impacto económico na região (emprego direto e indireto criado, novos negócios, etc.), pela satisfação dos utilizadores das rotas, entre outros indicadores.
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